No ano de 1863, no dia 08 de dezembro, mais de duas mil pessoas que tinham ido à missa e se encontravam dentro da igreja da Companhia de Jesus faleceram no incêndio que consumiu a igreja.
Foi o maior incêndio da história do Chile (veja Link), ocorreu durante a comemoração do dia da Imaculada Conceição, que finalizava a celebração do mês de Maria (08/11 a 08/12).
A quantidade de vítimas foi superior a duas mil pessoas, demorando dez dias a retirada dos corpos, que segundo R. Subercaseaux Vicuña (veja Link) chegavam perto dos três mil.
A elevada quantidade de vítimas, na enorme maioria mulheres e crianças, é atribuída à dificuldade de sair pela porta, dificuldade que aumentou por muitos fatores, inclusive pela moda feminina da época.
Foi o maior incêndio da história do Chile (veja Link), ocorreu durante a comemoração do dia da Imaculada Conceição, que finalizava a celebração do mês de Maria (08/11 a 08/12).
A quantidade de vítimas foi superior a duas mil pessoas, demorando dez dias a retirada dos corpos, que segundo R. Subercaseaux Vicuña (veja Link) chegavam perto dos três mil.
A elevada quantidade de vítimas, na enorme maioria mulheres e crianças, é atribuída à dificuldade de sair pela porta, dificuldade que aumentou por muitos fatores, inclusive pela moda feminina da época.
A igreja dos Jesuítas (Companhia de Jesus), localizada no centro da capital, era muito bem frequentada pela sociedade chilena e o profundo fervor católico tornavam aquela data um evento no qual as mulheres foram vestidas conforme a moda da época: usando crinolina (Veja Link).
A crinolina foi produzida em massa e esteve de moda entre os anos de 1852 a 1870 a nível mundial (Veja Link), apesar da elegância era incomoda pois dificultava alguns movimentos e sentar requeria certo domínio, assim que na igreja lotada usavam um tipo de tapete e sentavam no chão.
Esses vestidos são apontados como um dos fatores que dificultaram a saída.
A causa principal do incêndio foi a enorme quantidade de velas e ornamentos inflamáveis.
Nas palavras de Mario Casanova Casanova, testemunha (veja Link): "Llamaba sobre todo la atención la más sorprendente iluminación que hasta
entonces se había visto en Chile y que cubría el altar mayor, los
altares colaterales y principalmente la nave del medio."
Vale lembrar que ainda não havia sido inventada a luz elétrica e toda a iluminação da igreja era com velas de cera, de parafina ou de estearina.
Por demanda do povo, um decreto no dia 14 de dezembro de 1863, apenas
seis dias depois da tragedia, determinou que as paredes que restaram da
igreja fossem completamente demolidas e assim foi feito.
No espaço onde antes estava a Igreja foi feito um jardim.
Uma estatua em bronze marcou o "Monumento Al Dolor" que fez uma homenagem às vítimas da catástrofe.
Tempos depois a estatua que estava no jardim foi trasladada à entrada do Cemitério Geral de Santiago e no seu lugar foi colocada "A Virgem Orante", um monumento em mármore que representa a resignação cristiana ante os desígnios divinos.
Apenas três dias depois da tragédia, em 11 de dezembro de 1863, o jovem José Luis Claro y Cruz fez um chamado público, em carta aberta que dizia:
"AL PUBLICO. Se cita a los jóvenes que deseen llevar a cabo la idea
del establecimiento de una compañía de bomberos para el dia 14 del
presente, a la una de la tarde al escritorio del que suscribe. J. LUIS
CLARO.
El Ferrocarril, 11 diciembre de 1863"
No dia 20 de dezembro desse mesmo ano (1863), doze dias depois da tragédia, foi fundado o Corpo de Bombeiros de Santiago.
No momento da tragédia não existia Corpo de Bombeiros na cidade, o socorro desorganizado às vítimas pouco efeito teve perante o fogo de proporções gigantescas que naquela fatídica noite consumiu a igreja em menos de duas horas.
Trago à memoria esse episódio pela tragedia que deixou de luto o Brasil, em especial a cidade de Santa Maria e o Rio Grande do Sul.
Silêncio é uma maneira de mostrar nosso respeito perante a dor.
Solidariedade com as famílias é uma necessidade nos momentos mais tristes.
Temos visto muito respeito e grande solidariedade.
Um jardim, um monumento, deve marcar o espaço para sempre e ser um memorial para as futuras gerações.
Uma ação conjunta, fruto da atitude gaúcha, pode dar origem a uma instituição que no futuro ajude para que isso não aconteça mais.