sábado, 15 de agosto de 2015

Papa Francisco: Laudato Si

O Papa Francisco foi eleito no dia 13 de março de 2013 (13/03/13) após a renuncia do seu antecessor. 
Além de ser o primeiro Papa do continente americano ele é também o primeiro Papa Jesuíta da história da Igreja Católica.
Depois que foi eleito teve várias declarações dele que chamaram a atenção do mundo, por exemplo:
"A Igreja já não acredita em um inferno literal , onde as pessoas sofrem . Esta doutrina é incompatível com o amor infinito de Deus" 
Que bom ouvir isso de um Papa!!! e outra: "Deus não é um juiz , mas um amigo e um amante da humanidade. Deus nos procura não para condenar, mas para abraçar ." Pense bem nessa frase, à qual não vou nem comentar, só quero colocar a continuação dessa declaração que têm junto mais uma:..."Como a história de Adão e Eva , nós vemos o inferno como um artifício literário". Isso, esqueça o inferno, e também o papel de Deus como Juiz e ainda procure entender que a história de Adão e Eva é um artifício literário. 
Essas não foram as únicas declarações do Papa Francisco que chamaram minha atenção, mas convenha que acabar com o inferno e toda a enorme ameaça de danação eterna que representava como castigo pelos seus pecados é um alivio. Para que não fique dúvida sobre isso, o Papa Francisco acrescentou:"O inferno é só uma metáfora da alma exilada (ou isolada), que, como todas as almas em última análise, estão unidos no amor com Deus.“ e um detalhe, todas essas citações fazem parte de uma única declaração.
Claro que não foi por essas e muitas outras declarações que o Papa Francisco foi eleito o Homem do Ano pela revista "Time", e por sua vez não foi a única a fazer isso, na verdade o Papa Francisco ganhou reconhecimento internacional rapidamente, não apenas em função dele ser o grande líder da uma das religiões com maior quantidade de seguidores no mundo, mas também  por ser um Papa que traz esperança e alegria, defendendo sempre os mais fracos e mostrando-se humilde e amoroso.

Foi por isso que decidi ler com muita atenção a primeira encíclica dele, intitulada "Laudato Si". Sabemos que a primeira carta encíclica publicada no seu nome, em 05 de julho de 2013, foi denominada "Lumen Fidel", só que essa já tinha sido começada pelo Papa Benedicto XVI, inclusive ela trata da fé na teologia católica e obviamente veio a completar a trilogia das virtudes chamadas Teologais: Fé, Esperança e Caridade, lembrando que "Spe Salvi" (Salvos em Esperança) e "Caritas in Veritate" (Caridade na Verdade) foram encíclicas do Papa Benedito XVI.
De fato "Laudato Si" é considerada a segunda encíclica do Papa Francisco, foi apresentada em 18 de junho de 2015, e trata do planeta em que vivemos hoje.
Aqui entre nós uma encíclica é um verdadeiro livro, no caso específico trata-se de uma obra com seis capítulos e 246 parágrafos, são 184 páginas, parece com uma Tese, só de citações tem 172, ou seja, não é algo sobre o qual a gente opina rapidinho, dai que, depois de ler com cuidado os seis capítulos decidi que somente vou me referir a três deles, e fiz isso porque considerei que os outros são preponderantemente de conteúdo evangélico, como o Capítulo II, ou de cunho muito teórico, como o Capítulo IV sobre Ecologia, e no outro, o Capítulo V, realmente não encontrei a mesma inspiração que se encontram nos capítulos I, III e VI.
Assim sendo, a continuação abordarei trechos dos capítulos I, III e VI da encíclica "Laudato Si", é uma seleção de frases que sem dúvida apresentam conteúdo universal e são frases que podemos achar parecidas às de algum livro "best seller", mas, a grande diferença é quando vemos elas com a perspectiva da liderança que tem o Papa Francisco como Chefe da Igreja Católica. 

 
Antes de mostrar cada capitulo, gostaria de destacar dois temas, um deles é sobre a compaixão. Escreveu o Papa: "Um sentimento de profunda comunhão com o resto da natureza não pode ser real se nossos corações não têm ternura, compaixão e a preocupação para os nossos companheiros seres humanos"

A compaixão tem sido a guia da evolução humana, segundo a Dra Penny Spikins, da Universidade de York, a evolução humana passou pelo desenvolvimento da compaixão e da bondade antes do desenvolvimento da inteligência. De acordo com as evidências encontradas nos seus estudos a evolução humana não foi guiada pela inteligência, o que comumente se pensa, mas pela sociabilidade que nos agregou e nesses grupos houve o cuidado de uns com os outros, mesmo antes de termos desenvolvido o idioma, e tudo surgiu a partir dai, inclusive a evolução da inteligência. Spikins publicou suas conclusões no livro" How Compassion made us Human" ("Como a Compaixão nos tornou Humanos").

De acordo com Albert Einstein:  "Nossa tarefa deve ser nos libertarmos, aumentando nosso círculo de compaixão para envolver todas as criaturas viventes e toda a natureza e sua beleza".

O Papa Francisco, em "Laudato Si", condiciona a profunda comunhão com a natureza à compaixão, ternura e à preocupação, o cuidado amoroso, para com os outros seres humanos.
De fato vemos nas cidades muitas pessoas que mostram compaixão com os animais, mas nem sempre elas conseguem estender essa compaixão aos humanos que pensam diferente delas.
Para sermos livres devemos ampliar esse círculo de compaixão e abranger todas as criaturas viventes, como disse Einstein.
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 O segundo tema que gostaria de destacar é que o Papa Francisco ao referir-se a São Francisco de Assis, logo no paragrafo 11 da encíclica, abordou as bases do que seria uma verdadeira revolução do comportamento do homem moderno, quando escreveu:"Tal como acontece a uma pessoa quando se enamora por outra, a reação de Francisco, sempre que olhava o sol, a lua ou os minúsculos animais, era cantar, envolvendo no seu louvor todas as outras criaturas. Entrava em comunicação com toda a criação, chegando mesmo a pregar às flores «convidando-as a louvar o Senhor, como se gozassem do dom da razão».[01] A sua reação ultrapassava de longe uma mera avaliação intelectual ou um cálculo econômico, porque, para ele, qualquer criatura era uma irmã, unida a ele por laços de carinho. Por isso, sentia-se chamado a cuidar de tudo o que existe.

São Boaventura, seu discípulo, contava que ele, «enchendo-se da maior ternura ao considerar a origem comum de todas as coisas, dava a todas as criaturas – por mais desprezíveis que parecessem – o doce nome de irmãos e irmãs».[02] Esta convicção não pode ser desvalorizada como romantismo irracional, pois influi nas opções que determinam o nosso comportamento. 
Se nos aproximarmos da natureza e do meio ambiente sem esta abertura para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a língua da fraternidade e da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas atitudes serão as do dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos naturais, incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos. Pelo contrário, se nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe, então brotarão de modo espontâneo a sobriedade e a solicitude. 
A pobreza e a austeridade de São Francisco não eram simplesmente um ascetismo exterior, mas algo de mais radical: uma renúncia a fazer da realidade um mero objeto de uso e domínio. "
O Papa ainda disse: "Tudo está relacionado e nós seres humanos estamos unidos como irmãos e irmãs em uma peregrinação maravilhosa, entre-tecidos juntos pelo amor que Deus tem para cada uma de suas criaturas e que também nos une em profundo afeto com o irmão sol, irmã lua, irmão rio e mãe terra."
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Capítulo I
O Papa Francisco refletiu sobre as relações e a qualidade de vida humana em face da mídia de massas e do mundo digital, escrevendo no parágrafo 47: "A verdadeira sabedoria, fruto da reflexão, do diálogo e do encontro generoso entre as pessoas, não se adquire com uma mera acumulação de dados, que, numa espécie de poluição mental, acabam por saturar e confundir. Ao mesmo tempo tendem a substituir as relações reais com os outros, com todos os desafios que implicam, por um tipo de comunicação mediada pela internet."
"Isto permite selecionar ou eliminar a nosso arbítrio as relações e, deste modo, freqüentemente gera-se um novo tipo de emoções artificiais, que têm a ver mais com dispositivos e monitores do que com as pessoas e a natureza. Os meios atuais permitem-nos comunicar e partilhar conhecimentos e afetos. Mas, às vezes, também nos impedem de tomar contacto direto com a angústia, a vibração, a alegria do outro e com a complexidade da sua experiência pessoal. Por isso, não deveria surpreender-nos o fato de, a par da oferta sufocante destes produtos, ir crescendo uma profunda e melancólica insatisfação nas relações inter pessoais ou um nocivo isolamento"

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 Na encíclica o Papa Francisco abordou os problemas da poluição, resíduos em grandes quantidades devido ao consumo de produtos descartáveis, além do desperdiço e falta ou má qualidade da água, assim como as consequências na deterioração da qualidade de vida e degradação social. O Papa salientou que não está havendo uma reação suficiente no mundo e a fraqueza dessa reação, com a continuação do consumo é um comportamento evasivo. 
Ele escreveu: "Se nos detivermos na superfície, para além de alguns sinais visíveis de poluição e degradação, parece que as coisas não estejam assim tão graves e que o planeta poderia subsistir ainda por muito tempo nas condições atuais. Este comportamento evasivo serve-nos para mantermos os nossos estilos de vida, de produção e consumo. É a forma como o ser humano se organiza para alimentar todos os vícios auto destrutivos: tenta não os ver, luta para não os reconhecer, adia as decisões importantes, age como se nada tivesse acontecido."
"Preocupa a fraqueza da reação política internacional. A submissão da política à tecnologia e à finança demonstra-se na falência das cimeiras mundiais sobre o meio ambiente. Há demasiados interesses particulares e, com muita facilidade, o interesse econômico chega a prevalecer sobre o bem comum e manipular a informação para não ver afetados os seus projetos".
"Nalguns países, há exemplos positivos de melhoria do ambiente... Estas ações não resolvem os problemas globais, mas confirmam que o ser humano é capaz de intervir de forma positiva. Como foi criado para amar, no meio dos seus limites germinam inevitavelmente gestos de generosidade, solidariedade e desvelo."
A respeito da situação e das possíveis soluções considerou que se desenvolveram diferentes perspectivas e linhas de pensamento com posições polarizadas e entre os extremos deve-se refletir para identificar cenários futuros porque não existe apenas um caminho de solução e isso abriria espaço para chegar a respostas mais abrangentes através do diálogo. 
Sobre muitas questões concretas a Igreja não tem motivo para propor uma palavra definitiva e entende que deve escutar e promover o debate honesto entre os cientistas, respeitando a diversidade de opiniões, escreveu: "A esperança convida-nos a reconhecer que sempre há uma saída, sempre podemos mudar de rumo, sempre podemos fazer alguma coisa para resolver os problemas. Todavia parece notar-se sintomas dum ponto de ruptura, por causa da alta velocidade das mudanças e da degradação, que se manifestam tanto em catástrofes naturais regionais como em crises sociais ou mesmo financeiras, uma vez que os problemas do mundo não se podem analisar nem explicar de forma isolada."
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Capitulo III
De acordo com o Papa Francisco as pessoas "Tomam consciência de que o progresso da ciência e da técnica não equivale ao progresso da humanidade e da história, e vislumbram que os caminhos fundamentais para um futuro feliz são outros. Apesar disso, também não se imaginam renunciando às possibilidades que oferece a tecnologia. A humanidade mudou profundamente, e o avolumar-se de constantes novidades consagra uma fugacidade que nos arrasta à superfície numa única direção. Torna-se difícil parar para recuperarmos a profundidade da vida."

A respeito do antropocentrismo moderno o Papa escreveu:"Quando o ser humano se coloca no centro, acaba por dar prioridade absoluta aos seus interesses contingentes, e tudo o mais se torna relativo. Por isso, não deveria surpreender que, juntamente com a onipresença do paradigma tecnocrático e a adoração do poder humano sem limites, se desenvolva nos indivíduos este relativismo no qual tudo o que não serve os próprios interesses imediatos se torna irrelevante. "
O Papa escreveu também sobre a necessidade de defender o trabalho. "O trabalho é uma necessidade, faz parte do sentido da vida nesta terra, é caminho de maturação, desenvolvimento humano e realização pessoal. Neste sentido, ajudar os pobres com o dinheiro deve ser sempre um remédio provisório para enfrentar emergências. O verdadeiro objetivo deveria ser sempre consentir-lhes uma vida digna através do trabalho."

"Quando as pessoas se tornam autorreferenciais e se isolam na própria consciência, aumentam a sua voracidade: quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir...Se este é o tipo de sujeito que tende a predominar numa sociedade, as normas serão respeitadas apenas na medida em que não contradigam as necessidades próprias."

"Uma mudança nos estilos de vida poderia chegar a exercer uma pressão salutar sobre quantos detêm o poder político, econômico e social. Verifica-se isto quando os movimentos de consumidores conseguem que se deixe de adquirir determinados produtos e assim se tornam eficazes na mudança do comportamento das empresas, forçando-as a reconsiderar o impacto ambiental e os modelos de produção.É um fato que, quando os hábitos da sociedade afetam os ganhos das empresas, estas ficam pressionadas a mudar a produção."
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Capitulo VI
No sexto e último capítulo da encíclica, intitulado "Educação e Espiritualidade Ecológicas", o Papa Francisco escreveu:
"A espiritualidade cristã propõe uma forma alternativa de entender a qualidade de vida, encorajando um estilo de vida profético e contemplativo, capaz de gerar profunda alegria sem estar obcecado pelo consumo."
"É importante adotar um antigo ensinamento, presente em distintas tradições religiosas e também na Bíblia. Trata-se da convicção de que «quanto menos, tanto mais». Com efeito, a acumulação constante de possibilidades para consumir distrai o coração e impede de dar o devido apreço a cada coisa e a cada momento. "
"É possível necessitar de pouco e viver muito, sobretudo quando se é capaz de dar espaço a outros prazeres, encontrando satisfação nos encontros fraternos, no serviço, na frutificação dos próprios carismas, na música e na arte, no contacto com a natureza, na oração."
"A natureza está cheia de palavras de amor; mas, como poderemos ouvi-las no meio do ruído constante, da distração permanente e ansiosa, ou do culto da notoriedade? Muitas pessoas experimentam um desequilíbrio profundo, que as impele a fazer as coisas a toda a velocidade para se sentirem ocupadas, numa pressa constante que, por sua vez, as leva a atropelar tudo o que têm ao seu redor"
"Uma ecologia integral exige que se dedique algum tempo para recuperar a harmonia serena com a criação, refletir sobre o nosso estilo de vida e os nossos ideais, contemplar o Criador, que vive entre nós e naquilo que nos rodeia e cuja presença «não precisa de ser criada, mas descoberta, desvendada».(03)"
"Falamos aqui duma atitude do coração, que vive tudo com serena atenção, que sabe manter-se plenamente presente diante duma pessoa sem estar a pensar no que virá depois, que se entrega a cada momento como um dom divino que se deve viver em plenitude." 
"Uma expressão desta atitude é agradecer a Deus antes e depois das refeições... Este momento da bênção da mesa, embora muito breve, recorda-nos que a nossa vida depende de Deus, fortalece o nosso sentido de gratidão pelos dons da criação, dá graças por aqueles que com o seu trabalho fornecem estes bens, e reforça a solidariedade com os mais necessitados."
"O exemplo de Santa Teresa de Lisieux convida-nos a pôr em prática o pequeno caminho do amor, a não perder a oportunidade duma palavra gentil, dum sorriso, de qualquer pequeno gesto que semeie paz e amizade. Uma ecologia integral é feita também de simples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração, do egoísmo. Pelo contrário, o mundo do consumo exacerbado é, simultaneamente, o mundo que maltrata a vida em todas as suas formas."

"O Pai é a fonte última de tudo, fundamento amoroso e comunicativo de tudo o que existe. O Filho, que O reflete e por Quem tudo foi criado, uniu-Se a esta terra, quando foi formado no seio de Maria. O Espírito, vínculo infinito de amor, está intimamente presente no coração do universo, animando e suscitando novos caminhos. O mundo foi criado pelas três Pessoas como um único princípio divino, mas cada uma delas realiza esta obra comum segundo a própria identidade pessoal. Por isso, «quando, admirados, contemplamos o universo na sua grandeza e beleza, devemos louvar a inteira Trindade».(04)"

"São Boaventura chega a dizer que o ser humano, antes do pecado, conseguia descobrir como cada criatura «testemunha que Deus é trino». O reflexo da Trindade podia-se reconhecer na natureza, «quando esse livro não era obscuro para o homem, nem a vista do homem se tinha turvado»(05)"
"Este santo franciscano ensina-nos que toda a criatura traz em si uma estrutura propriamente trinitária, tão real que poderia ser contemplada espontaneamente, se o olhar do ser humano não estivesse limitado, obscurecido e fragilizado. Indica-nos, assim, o desafio de tentar ler a realidade em chave trinitária. 
No final da encíclica o Papa Francisco colocou duas orações, a primeira oração é a "Oração pela nossa terra", a seguir alguns versos:


  Deus Onipotente,
que estais presente em todo o universo
 e na mais pequenina das vossas criaturas,
 Vós que envolveis com a vossa ternura
 tudo o que existe,
 derramai em nós a força do vosso amor
 para cuidarmos da vida e da beleza.
 Inundai-nos de paz,
 para que vivamos como irmãos
 e irmãs sem prejudicar ninguém.

A segunda é a "Oração Cristã com a Criação" e nela se encontra:
Senhor Deus, Uno e Trino,
 comunidade estupenda de amor infinito,
 ensinai-nos a contemplar-Vos
 na beleza do universo,
 onde tudo nos fala de Vós.
 Despertai o nosso louvor e a nossa gratidão
 por cada ser que criastes.
 Dai-nos a graça de nos sentirmos
 intimamente unidos
 a tudo o que existe.
 Deus de amor,
mostrai-nos o nosso lugar neste mundo
 como instrumentos do vosso carinho
 por todos os seres desta terra,
 porque nem um deles sequer
 é esquecido por Vós. 

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01- Tomás de Celano, Vita prima di San Francesco, XXIX, 81: Fonti Francescane, 460. 
02- Legenda Maior, VIII, 6: Fonti Francescane, 1145.
03-Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium (24 de Novembro de 2013), 71: AAS 105 (2013), 1050.
04-João Paulo II, Catequese (2 de Agosto de 2000), 4: Insegnamenti 23/2 (2000), 112; L´Osservatore Romano (ed. portuguesa de 5/VIII/2000), 8.
05-Quaestiones disputatae de Mysterio Trinitatis, 1, 2, concl
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