sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Dogons

Tem algo bem interessante sobre a tribo dos "Dogons".
O nome talvez pareça familiar, foi tema de carnaval do Olodum(Bahia-Brasil) no enredo "Dogons-Povo das Estrelas", a música é a seguinte:

A respeito dos Dogons, é uma tribo que habita na Africa, no território do que hoje são Mali e Burkina Faso.
É uma tribo muito antiga, supõe-se que sejam descendentes de antigos gregos que colonizaram a Líbia. A tribo foi deslocando-se ao longo dos séculos e desde o século XV estão num local denominado "Falésias de Bandiagara".  

Fizeram construções muito interessantes, de barro / argila, com um teto de fibra vegetal (palha), apoiadas em plena escarpa. O local possui cavernas e cachoeiras, com uma vista privilegiada que era muito útil para a defesa contra invasores. De longe as casas confundem-se com a cor do paredão. Veja :
O lugar que moram fez parte da antiga Africa Ocidental Francesa, depois foi conhecido como Sudão Francês e logo depois Mali e Alto Volta, este último é hoje Burkina Faso.

Os antropólogos Germaine Dieterlen e Marcel Griaule conviveram com os Dogons durante muito tempo e publicaram, em 1950, suas observações ("A Sudanese Sirius System") a respeito das crenças principais da tribo.

Desde então houve muita polêmica a respeito, principalmente, da cosmologia atribuída aos Dogons. 
O conhecimento que os Dogons relataram aos antropólogos foi rico em detalhes do sistema orbital da estrela Sirius. Descreveram que é um sistema formado por duas estrelas, Sirius A e Sirius B, o que é um fato incontestável, porém, impossível de ser observado sem um bom telescópio.

A estrela Sirius B é, para os Dogons, de uma enorme importância, atribuindo a ela a origem da vida no Universo.
As informações que eles relataram sobre Sirius B incluem o tempo da órbita dela ao redor de Sirius A, assim como a noção do tamanho dela e da enorme densidade do material que a compõe, que eles denominam de "sagala".
De fato, é tudo verídico, embora não com uma exatidão milimétrica, por exemplo, a órbita de Sirius B ao redor de Sirius A eles consideram de 50 anos e os astrónomos a calculam, atualmente, em 50,4 anos.

As informações foram "fixadas" em referenciais comprensíveis para a tribo, por  exemplo, quando falam do tamanho de Sirius B a comparam com a semente da "Digitária", uma planta que tem a menor semente conhecida por eles.
Quando dizem que o "Sagala" é muito pesado, explicam que não existe na terra e que todos os da tribo não conseguiriam levantar ele.
Qual é a questão ? É que os conhecimentos estão além do que poderiam ter conseguido pelos próprios meios. Caso eles aceitassem que foi um conhecimento adquirido da Europa, trazido por algum missionário ou algum membro da tribo que tomou conhecimento de alguma maneira, estaria tudo resolvido.


Tudo que descrevem é verdade, ninguém duvida.
Quando contam desde quando sabem disso e,  principalmente, "como" chegaram a saber tudo isso, as coisas perdem a graça e alguns duvidam.
No Brasil diríamos : "é ai que a porca torce o rabo". Enquanto outros acham essa a parte mais interessante.
Porque ? É que Eles, inocentemente, relatam que tudo que sabem de Sirius B foi apreendido com extra terrestres. Se isso não basta-se, saberiam disso muito antes que os europeus.

Os antropólogos  Germaine Dieterlen e Marcel Griaule deram destaque ao conhecimento e evitaram discutir o "como" foi conseguido. De acordo com R.Temple, eles escreveram: "A questão de saber como, sem instrumentos à disposição, esses homens poderiam conhecer os movimentos e certas características de estrelas virtualmente invisíveis não foi estabelecida, nem mesmo proposta".
Tornou-se um assunto polêmico, alguns a favor de tudo que eles afirmam, entre os quais destaca-se Robert K.G.Temple, autor de um famoso livro a respeito ("The Sirius Mystery").

Outros criticando, como James Oberg.

Nos links, a seguir, você vai encontrar os argumentos a favor e contra, para que possa escolher melhor.




OBS (links com maiores informações) 

Argumentos A Favor ("The Sirius Mystery") nesse link tem acesso ao livro inteirinho, em português rs



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